Os professores da UERN deflagraram greve por tempo indeterminado. A decisão, tomada em assembleia realizada na manhã de hoje, na sede da entidade, deve-se ao não cumprimento do acordo firmado entre o Governo do Estado e a ADUERN em setembro do ano passado, por ocasião do fim da greve de 106 dias na Universidade.
Na assembleia, os professores tomaram conhecimento do resultado da reunião com a governadora Rosalba Ciarlini realizada na noite de ontem, 02. Na ocasião, o governo reconheceu a legitimidade do acordo celebrado, mas disse não ser possível efetuar imediatamente o reajuste prometido em virtude da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Na mesma reunião, o Governo comprometeu-se a encaminhar para a Assembleia Legislativa projeto de lei ajustando os salários dos professores e técnicos administrativos da UERN, condicionando, entretanto, o início do pagamento quando o Estado saísse do limite prudencial, ou seja, sem garantia nenhuma de efetividade. De forma a esclarecer quanto à operacionalização desse possível pagamento, o governo enviará para a ADUERN documento contendo as intenções anunciadas.
No decorrer do encontro de hoje, os professores não se convenceram com os argumentos do governo para o não cumprimento do acordado em 2011 e decidiram iniciar o movimento grevista até que o acordo seja cumprido, ressaltando que a categoria encontra-se aberta à negociação. Na fala dos professores ficava clara a indignação, já que desde o ano passado, o governo alega os mesmos problemas para não reajustar os salários da categoria que está há dois anos sem recomposição salarial.
“Da forma como foi colocada a proposta do governo, sem nenhum prazo para o pagamento, ficava muito difícil a aceitação por parte da categoria, que decidiu manter um canal de diálogo aberto, mas com as atividades paralisadas”, explica o professor Flaubert Torquato, presidente da ADUERN. “Agora vamos esperar o documento do governo operacionalizando a sua proposta de pagamento para avaliarmos e decidirmos o futuro do movimento”, completa.
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